segunda-feira, 7 de abril de 2014

A VOZ DOS FRADES: Viver em paz



VIVER EM PAZ

“Vivei em paz uns com os outros” (Mc 9,50) nos diz Jesus. Ele, o Príncipe da Paz, em cujo nascimento os anjos em Belém cantaram “Paz aos homens amados por Deus!”. A paz constrói-se principalmente pelo diálogo, aceitando a opinião dos outros, não querendo impor nossas idéias.

Papa Francisco, na Exortação Apostólica: "A Alegria do Evangelho" explica: “Não te deixes  vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12,21). Todos nós provamos simpatias e antipatias, e talvez neste momento estejamos chateados com alguém. Peço-vos rezar por: ele ou por ela. Rezemos pelas pessoas com quem estamos irritados: é um belo passo pelo amor (nº 100).

Em suas homilias da Quarta-feira falou que para o fuxiqueiro deveria inchar a língua. Já pensou se acontecesse de verdade? Neste tempo Quaresmal recordamos o que aconteceu numa Sexta-feira Santa, na vida de São João Gualberto, descendente de família rica e nobre de Florença.

Um fidalgo tinha assassinado Ugo, irmão único de João Gualberto. O pai jurou vingança, e exigiu de João a promessa de tirar a desforra, logo que a ocasião propícia se apresentasse. Não era necessária grande insistência, porque a alma de João fervia de ódio e desejo de tirar  vingança.

Era uma Sexta-feira Santa. João, voltando da fazenda, inesperadamente se viu de fronte do inimigo. Parecia chegado o momento almejado. A estrada era estreita, que dificilmente dava passagem a duas pessoas e impossível era os dois inimigos não se atovelarem. João, sem hesitar um momento desembainhou a espada e, sequioso do sangue do inimigo, precipitou-se sobre o assassino do irmão. Este, ou porque lhe faltasse à coragem ou porque não tivesse uma arma à mão, par se defender, caiu de joelhos e os braços abertos na cruz, disse a João: "Por amor de Jesus Cristo, que neste dia morreu por nós, tem piedade! Não me mates, por amor de Jesus Cristo".

João estupefato, sem saber no primeiro momento o que pensar, parou e não ousou dar um passo adiante. Lembrou-se do grandioso exemplo que o Divino Redentor tinha dado no dia da morte, perdoando aos inimigos. Vindo-lhe à mente esta consideração, sentiu-se tomado de grande emoção e como por encantamento desapareceram os ímpetos de vingança.

Atirando para longe a espada, dirigiu-se ao inimigo, abraçou-o e disse-lhe: "Não me é possível negar-te o que me pediste em nome de Jesus Cristo. Não só te deixo a vida, mas quero oferecer-te a minha amizade. Pede a Deus que me perdoe os meus pecados”.

Por Frei João Franco Frambi. 

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