VIVER EM PAZ
“Vivei em paz uns com os
outros” (Mc 9,50) nos diz Jesus. Ele, o Príncipe da Paz, em cujo nascimento os
anjos em Belém cantaram “Paz aos homens amados por Deus!”. A paz constrói-se principalmente pelo
diálogo, aceitando a opinião dos outros, não querendo impor nossas idéias.
Papa Francisco, na Exortação Apostólica: "A Alegria do Evangelho" explica: “Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem”
(Rm 12,21). Todos nós provamos simpatias e antipatias, e talvez neste momento
estejamos chateados com alguém. Peço-vos rezar por: ele ou por ela. Rezemos pelas
pessoas com quem estamos irritados: é um belo passo pelo amor (nº 100).
Em suas homilias da Quarta-feira falou que para o fuxiqueiro deveria inchar a língua. Já pensou se
acontecesse de verdade? Neste tempo Quaresmal recordamos o que aconteceu numa Sexta-feira
Santa, na vida de São João Gualberto, descendente de família rica e nobre de
Florença.
Um fidalgo tinha assassinado Ugo, irmão único
de João Gualberto. O pai jurou vingança, e exigiu de João a promessa de tirar a
desforra, logo que a ocasião propícia se apresentasse. Não era necessária
grande insistência, porque a alma de João fervia de ódio e desejo de tirar vingança.
Era uma Sexta-feira Santa. João,
voltando da fazenda, inesperadamente se viu de fronte do inimigo. Parecia
chegado o momento almejado. A estrada era estreita, que dificilmente dava
passagem a duas pessoas e impossível era os dois inimigos não se atovelarem. João,
sem hesitar um momento desembainhou a espada e, sequioso do sangue do inimigo, precipitou-se
sobre o assassino do irmão. Este, ou porque lhe faltasse à coragem ou porque
não tivesse uma arma à mão, par se defender, caiu de joelhos e os braços
abertos na cruz, disse a João: "Por amor de Jesus Cristo, que neste dia morreu
por nós, tem piedade! Não me mates, por amor de Jesus Cristo".
João estupefato, sem
saber no primeiro momento o que pensar, parou e não ousou dar um passo
adiante. Lembrou-se do grandioso exemplo que o Divino Redentor tinha dado no dia
da morte, perdoando aos inimigos. Vindo-lhe à mente esta consideração, sentiu-se
tomado de grande emoção e como por encantamento desapareceram os ímpetos de
vingança.
Atirando para longe a espada, dirigiu-se ao inimigo, abraçou-o e
disse-lhe: "Não me é possível negar-te o que me pediste em nome de Jesus Cristo. Não
só te deixo a vida, mas quero oferecer-te a minha amizade. Pede a Deus que me
perdoe os meus pecados”.
Por Frei João Franco Frambi.
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